Uma boa notícia é que algumas destas cervejas de Natal podem ser saboreadas no Bräun & Bräun, o Biergarten do meu amigo Jorge Brauniger, que fica em Mury, o charmoso distrito de Nova Friburgo.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Cervejas de Natal, tradição há vários séculos
Uma boa notícia é que algumas destas cervejas de Natal podem ser saboreadas no Bräun & Bräun, o Biergarten do meu amigo Jorge Brauniger, que fica em Mury, o charmoso distrito de Nova Friburgo.
domingo, 2 de novembro de 2008
Você sabia que a cerveja Brahma é mais antiga que o futebol no Brasil?
Aí estão o rótulo mais antigo e o mais recente da tradicional cervejaria, que abriu as portas no Rio de Janeiro, na Praça XI, na Rua Marquês de Sapucaí - naquela época se escrevia Sapucahy - e foi obra de um imigrante suíço, Joseph Villiger. Parabéns à Brahma e obrigado a Joseph Villiger!
Até breve!
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Embriaguês e transcendência determinaram a evolução
Vai ver eles têm razão, mesmo... Você sabia que a receita mais antiga do mundo não é de comida? É dela... a cerveja! Gravada numa plaquinha de gesso encontrada na Mesopotâmia, na região onde hoje é o Iraque. Taí a foto pra provar!
Jean-Claude
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Concurso de Cervejas Artesanais tem mais de 100 inscritas
O concurso aconteceu no dia 30 de agosto, no Sítio Sossego, e reuniu produtores de cervejas artesanais não comerciais, em três categorias: English IPA (mais de 40 participantes), Belgians (mais de 30 participantes) e de trigo (segmento um pouco menos concorrido).
E antes do concurso, a mestre-cervejeira, presidente da Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte (Cobracem) e editora da revista especializada Beer Life, Cilene Saolin deu um curso de degustação sensorial de cerveja.
O cervejeiro gaúcho Marcos Braga descreveu com detalhes sua experiência nesta festa das ACervAs. Vale a pena ler aqui!
Ficou com vontade de fazer sua própria cerveja? Além dos inúmeros cursos oferecidos, que tal começar por uma boa leitura de um dos maiores especialistas norte-americanos? Veja aqui em Como Produzir Meu Primeiro Chopp, de John Palmer.
Saúde!
Jean-Claude
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Mulheres e Cerveja: amor antigo e eterno...
Na verdade, então, se a bebida voltasse a ser “coisa de mulher”, estaria resgatando uma tradição histórica, já que, como comentei aqui em outro post, na Antigüidade (estamos falando de sumérios e egípcios antigos), a cerveja era considerada alimento, e, por isso, sua produção era tarefa feminina.
Mulheres da elite produziam cerveja no Império Inca
Mas nem só na Antigüidade oriental cerveja era coisa de mulher... A descoberta de uma cervejaria anterior ao Império Inca, no alto das montanhas do Peru, por uma equipe de arqueólogos do The Field Museum (de Chicago), em 2004, apontou para a fabricação da bebida por mulheres da elite, escolhidas por sua beleza. Depois, os espanhóis do século XV confirmaram em seus relatos terem encontrado mulheres-cervejeiras na sociedade inca.
Na Europa, conhecemos bem um pedaço da história de cevada & lúpulo: com a queda das civilizações antigas e o avanço do Cristianismo, a produção da bebida acabou delegada aos mosteiros, considerada um líquido que alimenta e ajudando os monges a suportar melhor os longos jejuns...
Mulheres-cervejeiras brasileiras
Nos últimos anos, é impressionante como elas, as mulheres, têm galgado posições de destaque no mundo da cerveja, aqui em nosso país!
Confira:
Cilene Saorin, que mora em São Paulo, é a atual presidente da Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte / COBRACEM. Ela tem uma bagagem impressionante: é formada em engenharia de alimentos, especializada em marketing, e mestre-cervejeira com graduação na Universidad Politécnica de Madrid – Escuela Superior de Cerveza y Malta, onde atualmente dá aulas no curso de ‘Gestão Sensorial na Indústria Cervejeira’. E tem mais: ela faz parte do grupo de jurados degustadores profissionais de cerveja dos eventos World Beer Cup nos Estados Unidos e European Beer Star na Alemanha!
Kátia Jorge foi a alma por trás da fórmula da cerveja Devassa, a bem-sucedida experiência de cerveja artesanal que despontou em 2002, conquistou os paladares cariocas e hoje é distribuída até em Londres. Kátia não está mais na Devassa e, por e-mail, nos conta que está envolvida em outra microcervejaria que vai estrear em dezembro deste ano, com um bar, no bairro carioca do Leblon. Por enquanto a marca é segredo de estado! E ela é um exemplo vivo da versatilidade feminina, que assoviam e chupam cana, bem que eu gostaria de saber como fazem! Kátia Jorge é expert tanto em bebidas alcoólicas como não-alcoólicas, acaba de desenvolver um projeto de bebida com chá verde e outro de isotônicos...
Ana Paula Freitas, mestre-cervejeira da Ambev, está à frente do recente lançamento da primeira cervejaria virtual 3D do mundo, da brasileiríssima Bohemia! Dá para dar um passeio pelo resultado em http://www.bohemia.com.br/. Também pudera, Ana Paula é mais uma que caprichou na formação, e em 2004 já tinha conquistado o International Diploma in Brewing Technology, em Chicago (EUA) e Munique (Alemanha).
Ou seja, em se tratando do casamento Mulheres&Cerveja, elas não deixam lugar para amadorismos! São super-profissinais dedicadas. Que o diga a direção do Centro de Tecnologia do SENAI, em Vassouras, RJ, conhecido como Universidade da Cerveja, que ano a ano vê suas turmas cada vez mais freqüentadas por mulheres. Um dos últimos cursos registrou um número recorde de alunas, superando o de alunos. Prometo trazer dados atualizados em próximo post.
CONFECE, mulheres se organizam em confraria
Em Belo Horizonte, há uma bem-estruturada Confraria Feminina da Cerveja, a CONFECE (que nome ótimo!), com estatuto, pesquisa, degustação e muito prazer!
Prazer é o que não falta no ritual da degustação de cerveja, harmonizada com o alimento. Cerveja acompanhando até sobremesa! Há pouco tempo a mestre-cervejeira Ana Paula de Almeida, deu um show no assunto! Veja aqui a experiência e o cardápio, com direito a receitas, publicadas no Caderno de Gastronomia do jornal gaúcho Zero Hora.
Até breve,
Jean-Claude
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Crédito da imagem: National Women's History Museum / Gutemberg Projectsexta-feira, 8 de agosto de 2008
Cervejas Chinesas & Olimpíadas de Pequim / Beijing
Fui à minha fonte preferida e imediata de pesquisa: São Google. E encontrei duas notícias que quero compartilhar com vocês, que como eu gostam de cerveja e chopp.
A primeira notícia fala da inauguração de uma colossal fábrica da Heineken, a ser inaugurada em 2009, na China, na província de
Como tudo é gigantesco na China, é claro que ela tem simplesmente o maior consumo mundial de cerveja, seguida pelos Estados Unidos, Alemanha e depois Brasil. Sua produção é muito fragmentada, tem cerca de 400 cervejarias, além, é claro, das grandes que têm apontado suas ações para este promissor mercado.
Veja este gráfico publicado pelo The Economist on-line:
Saúde!
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domingo, 27 de julho de 2008
Road Brewer ou Cervejeira itinerante!
De tanto ouvir em sua viagem a pergunta "Quantas mulheres cervejeiras existem?" a própria Teri fundou em abril deste ano The Pink Boots Society, durante a Craft Brewers Conference, em San Diego, California. Participaram 16 cervejeiras/donas de cervejarias (brewers/cellarwomen) e seis mulheres escritoras e jornalistas de cerveja. Na constituição da sociedade, ficou decidido que podem participar e votar mulheres que trabalham ou trabalharam na produção da cerveja no mundo inteiro! É impressionante a lista worldwide! A brasileira Cilene Saorin está lá!
E nesta sociedade encontrei também a jornalista americana especializada em cerveja (!) Carolyn Smagalski, que mantém uma das mais conceituadas e premiadas publicações eletrônicas norte-americanas sobre cerveja e sua fabricação, o site Bella On Line. Ela assina um artigo interessante, chamado “A Classic Beer Guide for Women” (“Um Guia Clássico de Cerveja para Mulheres”). Vale conferir.
No próximo post vou falar do produto nacional: as mulheres cervejeiras e "cervejófilas" brasileiras!
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quinta-feira, 24 de julho de 2008
Quanto demora para eliminar o álcool do organismo?
De acordo com a Dra. Júlia Greve, até mesmo durante a ressaca o bafômetro - apelido popular do etilômetro - é implacável e poderá registrar vestígios de álcool no corpo.
Como não é permitido o menor indício de álcool no organismo, para dirigir, é preciso ter em mente que uma bebida alcoólica demora cerca de seis horas para ser eliminada pelo organismo. O mais garantido é que, de uma maneira geral, o motorista só volte a dirigir depois de 24 horas da ingestão. “Se estiver de ressaca e com sintomas provocados pela grande quantidade de álcool consumida, o melhor é ficar em casa”, afirma a fisiatra. E eu completo: se precisar se deslocar, saia de carona ou táxi.
Dra. Greve deu uma dica específica sobre chopp: para aqueles que voltarão dirigindo, depois de um período longo em uma reunião onde todos estão tomando chopp, é possível beber um copo (apenas um), na primeira hora. Desde que acompanhado de bastante comida e outras bebidas não alcoólicas. “O segredo é não tomar de estômago vazio. O exame avalia a quantidade de álcool que está no organismo”, lembra Greve. O que não pode acontecer é a ingestão do chopp com menos de uma hora e meia antes de dirigir. Desta maneira, é claro que deixará rastro no exame.
Volto a recomendar: quem gosta de chopp, além de apreciar a bebida, com toda a certeza valoriza a convivência, a alegria e os amigos. Portanto, vamos preservar isso e exercer a solidariedade. Voto pela instituição da direção solidária: a cada encontro, uma alma caridosa é escolhida ou se oferece para abstinência (motorista de plantão). E os amigos, em agradecimento, pagam a conta de refrigerantes e água deste santo ou desta santa.
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Efeitos ocasionados pelo excesso de álcool:
ATENÇÃO:
- 0,2 a 0,3g/l (1 copo cerveja ou 1 cálice pequeno de vinho): as funções mentais começam a ficar comprometidas. A percepção da distância e da velocidade é prejudicada.
- 0,31 a 0,5g/l (2 copos cerveja ou 1 cálice grande de vinho): o grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando a sensação de calma e satisfação.
- 0,51 a 0,8g/l (3 ou 4 copos de cerveja ou 3 copos de vinho): reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de luminosidade; superestimação das possibilidades e minimização de riscos; e tendência à agressividade.
- 0,81 a 1,5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): dificuldades de controlar automóveis; incapacidade de concentração e falhas de coordenação neuromuscular.
- 1,51 a 2g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão.
- 2,1 a 5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): embriaguez profunda.
- acima de 5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): coma alcoólico.
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SAIBA MAIS:
Aproximadamente 90% do álcool é absorvido em 1 (uma) hora. O processo de absorção do álcool é relativamente rápido. O mesmo não ocorre com a eliminação, que demora de 6 a 8 horas e é feita através do fígado (90%), da respiração (8%) e da transpiração (2%).
Fonte: Detran
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Bem, com estas informações, espero ajudar a manter em ordem o ritual do nosso maior prazer: o chopp!
Deixe seu depoimento e ajude a incrementar as informações sobre esta nova lei de trânsito e as soluções criativas que você conhece ou ajudou a encontrar.
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Fontes: Site de notícias Ultimo Segundo, G1, Detran e ABRAMET
Pesquisa: Diego Ramos
Edição: Micheline Christophe
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Lei Seca e o Prazer de um Chopp: uma questão de responsabilidade
Pensando no rigor e adequação desta Lei, e em como preservar o prazer de apreciar um copo de chopp inofensivamente, corri atrás de informações, pesquisei no Detran, em sites de notícias, acionei minha rede de contatos, e até consegui uma entrevista exclusiva com a Dra. Júlia Greve, do Departamento de Álcool e Drogas da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com a ajuda de meu amigo o jornalista Diego Ramos.
Tudo isso para poder organizar a informação e orientar quem aprecia a bebida da Deusa Ceres, a nossa cultuada cerveja, irmã do chopp que tanto apreciamos. É muita informação e por isso vou dividi-la em alguns posts, para não abusar da paciência de meus leitores e leitoras.
Primeiro, um resumo sobre a que ficou imediatamente consagrada como "Lei Seca":
A nova medida publicada no Diário Oficial da União entrou em vigor no dia 20/6/2008 e não admite nenhuma quantidade de álcool no organismo do motorista.
Estarão infringindo a lei aqueles que forem apanhados pelos testes de bafômetro (aparelho que mede a concentração de álcool no sangue através do ar expirado, cujo nome técnico é etilômetro) com uma quantidade de 0,2g/l de álcool por litro de ar expelido pelo motorista. Em uma situação como esta, a penalidade aplicada será multa por infração gravíssima (no valor de R$ 955) e o motorista terá suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por um ano.
Testes acusando índices superiores podem levar à prisão em flagrante ou a processos com penas variando entre seis meses e três anos de detenção.
Trata-se de uma grande mudança, pois a lei anterior permitia até 0,6g/l por litro de sangue.
Como é nos outros países? Política de sinalização e designated driver
Já sairam nos jornais e na mídia em geral, TV, rádio e Internet, comparações com leis similares em outros países e não vale a pena ficar repetindo aqui.
Mas eu gostaria de chamar a atenção para uma coisa que acho que poderia ser um bom exemplo a seguir entre nós: a política de sinalização de quantidade/dose de bebida a ser ingerida, adotada em alguns países, como por exemplo a Austrália.
Explico:
Na Austrália, a lei em vigor apresenta uma tolerância de até 0,5g/l, o que é menor do que nossa lei anterior e a fiscalização sempre foi efetiva e rigorosa, como atesta o jovem jornalista Diego Ramos, que lá passou dois anos. A indústria da cerveja faz a sua parte nesta história, estampando no rótulo das garrafas um indicativo de quantas doses estão sendo ingeridas, de acordo com o teor particular de cada bebida.
Por exemplo, uma garrafa de cerveja Long Neck com teor alcoólico de 3,5%, representa 1 dose de bebida. Já a mesma garrafa de uma cerveja mais encorpada, com teor de 5%, representaria 1,5 doses de bebida.
Desta maneira, é possível ingerir uma ou duas doses de bebida antes de dirigir e não extrapolar o limite estabelecido pela fiscalização. Com a ajuda dessas informações que aparecem nas embalagens, é possível controlar a quantidade de bebida ingerida pelo condutor antes de dirigir.
Assim, as pessoas acabam controlando o consumo de uma maneira simples: os homens podem tomar no máximo, duas doses de bebida na primeira hora e uma a cada hora seguinte. Para as mulheres, é um pouco diferente: apenas uma dose a cada hora.
É bom que se diga que não se trata de proteção sexista. A diferença está relacionada ao peso e à massa corporal de cada um. Seguindo esta receita, os australianos convivem bem com a restrição de trânsito imposta em seu país.
Já na Inglaterra a coisa funciona de maneira bem parecida, como me contou Andy Stinchcombe, gerente de restaurante/pub na pequena cidade de Bath, a cerca de duas horas a sudoeste de Londres. As pessoas levam muito a sério a restrição de bebida e álcool, e nenhum pub fechou as portas nem deixou de vender bebida. Há a mesma orientação nas costas dos rótulos das bebidas, em unidades etílicas, mas, para um pint, das draft beer (nosso chopp), não há indicação. Vale o bom senso e a responsabilidade. Entre os amigos dele e entre os freqüentadores do restaurante que ele gerencia, funciona a mesma regra: um é escolhido para dirigir e não pode beber. Até nome este anjo da guarda tem: designated driver. Segundo Andy, as campanhas são tão fortes, com imagens tão eloqüentes na televisão que ninguém pensa em burlar a lei. Ao volante, simplesmente não se bebe ou se pega um táxi.
Na Holanda este designated driver ganhou uma sigla: é BOP, das iniciais de Bewust Onbeschonken Persoon = Pessoa Não Alcoolizada. Edgar Sabbagh, brasileiro de mãe holandesa, que viveu vários anos da adolescência lá, informa que algumas casas noturnas têm até um local especial para "juntar a galera que não está bebendo". Uma boa forma de socializar e fazer novos amigos... e até azarar!
Como poderia ser entre nós (minha sugestão):
1) Aos poucos, a indústria nacional poderia adotar o mesmo comportamento nos rótulos das nossas cervejas, e mais: que se imprimam nas bolachas de chopp a equivalência de teor alcoólico aproximado no ar expelido.
2) Mas definitivo mesmo é exercer a solidariedade e fazer como muitos jovens já fazem aqui: a cada chopada ou noitada, um é escolhido para ficar inteiramente abstêmio (motorista de plantão) e os demais pagam a conta de seus refrigerantes e águas. Com este rodízio, não há risco e o prazer da degustação se mantém!
Fico hoje por aqui e no próximo post continuo com as informações da Dra. Júlia Greve, médica fisiatra da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
Saúde!
terça-feira, 24 de junho de 2008
Chopp, Cervejas e Copos
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"O ato de saborear uma cerveja (ou degustar, dependendo do grau de sofisticação desejado) pode parecer excessivamente simples para muitos, na medida em que tudo não precise ir além da compra de uma garrafa, do esforço mínimo para abri-la e de tomar o seu conteúdo.
Ocorre que, para um número cada vez maior de pessoas, este ato adquiriu o mesmo grau de complexidade atualmente atribuído à degustação de vinhos.
Isto se deve ao nível crescente de sofisticação que vem sendo acrescentado à produção da cerveja onde aspectos de tonalidade, aparência, aroma, sabor e densidade passaram a compor com grande relevância a confecção de choppes (para aderir à grafia da COLDMIX, de meu amigo Jean-Claude, autor deste blog) ou das suas filhas, as cervejas.
Assim, quase que em paralelo com a expansão dos níveis de produção e requinte no consumo dos vinhos, a variedade e a sofisticação também tocou o mundo das cervejas, que passaram a ocupar espaço num cenário que reflete as suas diferenças e reconhece suas características de produto igualmente refinado.
Como todo produto sofisticado, o simples ato de consumir uma cerveja, agora diferenciada, também teve que assumir ares de ritual, coerente, sobretudo com suas novas características e preços.
Neste bojo, foram desenvolvidos e amplamente difundidos copos especiais adequados aos principais tipos de cervejas, da mesma forma como foram adotados procedimentos para servir e tomar algumas como as Weinzenbier, as Bocks etc.
Talvez com menos complexidade, mas com igual objetividade, o mesmo acontece com o chopp, onde as alternativas de formato e tamanho do copo são muitas vezes determinadas por fatores como temperatura ambiente ou a rapidez com que se consome o produto. Quanto
mais quente a temperatura ambiente, mais indicada se torna a mini caldereta, vulgo garotinho, para muitos, já que a quantidade de líquido é menor e pode ser consumida antes que esquente. Os copos mais longos podem ser ideais para locais onde a temperatura não esteja tão quente ou quando o consumidor for do tipo mais sedento, ávido por volumes maiores deste líquido sempre precioso.
Assim, independente de estarmos falando de chopp ou de cerveja, alguns aspectos importantes relacionados com os copos não podem ser negligenciados, dentre eles, o preceito básico de que o copo esteja bem limpo, lavado com um bom detergente que não contenha gordura animal na sua composição, já que óleos e gorduras deixam resíduos que arruínam o corpo da cerveja. Os copos devem estar bem secos, e neste ponto abre-se uma grande divergência entre bons e sofisticados consumidores de cerveja. Trata-se do resfriamento dos copos colocando-os no freezer. Para alguns, este artifício é fantástico, enquanto que outros simplesmente o abominam sob a alegação de que esta prática faz com que os copos fiquem numa temperatura inferior à do líquido no momento em que este é colocado no copo resultando daí uma condensação indesejável, que pode interferir na estrutura da cerveja.
Vários formatos de copos servem diferentes tipos de cervejas, e, exatamente como ocorre no mundo dos vinhos onde existem taças para tintos, brancos, espumantes, licorosos etc., atualmente cada tipo de cerveja pede o seu copo adequado.
O mais utilizado é sem dúvida o Copo tipo Pilsner, aquele que serve os choppes claros ou as cervejas do tipo pilsen, mais conhecido, entretanto, como Tulipa, que permite a formação de um bom creme.
Para os choppes ou cervejas de trigo, (weizen ou witbier) os copos próprios em formato de vaso possibilitam um bom visual da bebida e o acompanhamento da expansão do creme.
Outros copos que vêm se tornando mais comuns, pois acompanham a expansão na oferta das cervejas importadas, sobretudo inglesas, são os cilíndricos conhecidos como Pint que comportam uma quantidade maior de líquido.
Taças tipo Flauta (ou flûte) usadas para servir espumantes ou champagnes, vêm sendo adotadas com muito sucesso para cervejas mais sofisticadas como algumas austríacas ou escuras alemãs.
O cálice de superfície ampla é muito usado com as trapistas belgas, sobretudo com algumas frutadas, pois mantêm o aroma e preservam o creme.
Já o copo conhecido como da Cerveja Bock e que lembra um copo de conhaque, tem um formato excelente para capturar os aromas das cervejas fortes".
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Autor do texto Chopp, Cervejas e Copos: Jorge Brauniger, proprietário do Braün & Braün, Biergarten em Mury, RJ, onde se pode saborear 230 opções diferentes de cervejas, nacionais e importadas, inclusive artesanais e de micro-cervejarias.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Cerveja: bebida dos deuses, homenagem à Deusa Ceres
Pois é, depois de longos milênios desenvolvida e apreciada entre os povos do Oriente (Mesopotâmia e Egito), a cerveja se popularizou no mundo antigo graças à expansão do Império Romano, que a levou por toda parte onde ainda não era conhecida. Consta que o Imperador Júlio Cesar, depois de atravessar o Rubicão, em 49 a.C., comemorou em grande festa, com seus comandantes, onde a cerveja era a estrela entre as bebidas. Diz-se que Júlio César apresentou a bebida aos britânicos, que até então só tomavam leite e licor de mel (chamado hidromel).
Os gauleses (ancestrais dos franceses) também devem aos romanos ter sido apresentados a tão saborosa bebida fermentada da cevada, que conheciam por seu nome latino “cerevisia” ou “cervisia”, em homenagem a Ceres, a deusa romana da agricultura e da fertilidade. Isso não é suposição, podemos retraçar a história da cerveja através do relato dos historiadores antigos, como Plínio e Catão, o Velho, que relata que a cerveja era a bebida nacional dos gauleses que “tomavam continuamente um vinho de cevada, capaz de gerar embriaguez”.
Vinho e cerveja disputavam a preferência dos romanos por alguns séculos. A cerveja era produzida onde não se conseguia produzir vinho. Mas, com o tempo e a expansão do Império, a cerveja passou a ser a bebida preferida, por todas as classes. Seu consumo era tão grande que data desta época uma das primeiras leis de que se tem notícia para regular o setor e controlar os preços, promulgada pelo Imperador Diocleciano. E esta legislação já distinguia as duas principais espécies da bebida: a cerveja clara e a escura.
Esta história continua até hoje: chopp claro ou escuro? Em tulipa ou caldereta?
Aguarde em breve dicas sobre o melhor copo para apreciar chopp e cerveja;
E por hoje uma dica dos mestres cervejeiros: se alguém quiser fazer charme com você e lhe oferecer um copo gelado para tomar sua cerveja ou chopp, recuse! O contato da cerveja com a temperatura do copo produz condensação que diluirá a bebida e alterará seu sabor e a temperatura correta na qual deveria ser servida.
Fonte de dados históricos: http://br.geocities.com/cervisiafilia/cervmundo.htm
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Cerveja do tempo dos faraós
Se não foram eles que a inventaram (e já sabemos que é muito difícil chegar à origem da bebida na mesa dos seres humanos), foram os egípcios que a aprimoraram.
Antes disso, em 2004, uma empresa japonesa conseguiu recriar a cerveja dos faraós, a partir da receita encontrada em inscrições nas paredes de tumbas feitas a mais de 4 mil anos.
" Eles socam e trituram os grãos de cevada à mão. Com a farinha, fazem pão, que é assado num forno a lenha construído por artesãos egípcios. Depois, pedacinhos do pão são postos para fermentar junto com vinho de tâmara. O líquido é coado numa peneira de palha e a cerveja está pronta. A bebida é mais grossa e mais adocicada do que as cervejas atuais e não tem gás" (Revista Época, 08/06/2004). Mas os empresários japoneses informaram que não pretendiam produzir a bebida comercialmente. Ficaria caríssima, seu gosto é estranho, não tem colarinho... A experiência fez parte de um projeto de resgate da história da nossa bebida predileta.
Então, um brinde aos "arqueólogos da cerveja"!
quinta-feira, 5 de junho de 2008
A degustação da cerveja começa pelo olfato
Uma dica de ouro: anote, anote suas sensações e impressões. O especialista Conrad Seidl, em seu Catecismo da Cerveja, aqui publicado pela Editora Senac, informa que ele anota algumas palavras para cada cerveja, que depois avive sua memória.
Alguns itens a observar (e anotar):
- Cor: Todo apreciador desta bebida sabe que a cor da cerveja e do chopp variam por toda a gama de amarelos e marrons (para chopp escuro, por exemplo), passando pelo âmbar.
- Transparência: o chopp é cristalino (Pilsener), levemente turvo, ou opaco?
- Espuma: é de poros finos, branca e brilhante ou sua cor foi alterada pelo malte e por restos da levedura? Muda rapidamente (no tempo de fazer as anotações) ou fica estável?
- Aroma: a bebida tem aroma de lúpulo, grama, feno, cereais, pão, levedura, ácido (neste caso seria um erro para alguns tipos de cerveja). Mas confira o que diz seu nariz com o que informa sua língua: prove o primeiro gole, sabendo que a primeira sensação sempre vem do malte, mais adocicado, para depois dar passagem aos outros sabores, inclusive o amargor natural e até a leve oxidação (que faz a peculiaridade das cervejas da Boêmia por exemplo).
quarta-feira, 4 de junho de 2008
30 de agosto: III Concurso Nacional das ACervAs
O que isso tema ver com chopp? No caso tudo: a COLDMIX foi convidada a participar da festa, com suas máquinas, as belas e eficientes chopeiras CM 70, que servirão o chopp com a cerveja produzida pelos microcervejeiros.
Assim que for divulgada a agenda do evento, nós a publicaremos neste espaço!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Cervejas Artesanais em alta!
Apesar da concorrência das grandes cervejarias nacionais e também das cervejas alemães e tchecas, é cada vez maior o número de pessoas que se aventuram na empreitada de produzir a bebida em pequena escala, seja para degustação própria, ou para iniciar um pequeno negócio.
Há cuidados a seguir, com a qualidade e com o processo de fabricação. Uma boa ajuda para quem quer começar são as dicas gratuitas "Como produzir meu primeiro Chopp", do especialista John Palmer, que nós da COLDMIX oferecemos aos interessados.
Um sucesso também é o mini-curso de Leonardo Botto, cervejólogo carioca e produtor artesanal caseiro de cervejas, com vários prêmios acumulados internacionalmente. Botto tem um calendário intenso, e o próximo curso no Rio de Janeiro, vai acontecer dia 19 de julho.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Quem nasceu primeiro, o vinho ou a cerveja?
Outro dia, um amigo enólogo discutia numa roda com outro, fanático por chopp, que o vinho era bebida mais nobre, por ser mais antiga na história da humanidade. E eu, como apreciador de ambos, vinho e cerveja, fui à luta igual a um Sherlock Holmes do paladar.
O que descobri:
- é verdade que o vinho é a bebida mais antiga da humanidade, resultado da fermentação natural da fruta, no caso a uva. Provavelmente o ancestral do vinho nasceu da fruta caída no solo, fermentando naturalmente.
- é verdade também que a cerveja é milenar, mas ela é produto da cultura humana, ou seja, surgiu junto com a agricultura.
- Um dos relatos mais antigos da humanidade é a Epopéia de Gilgamesh, dos antigos babilônios, onde a referência à cerveja é claríssima.
Portanto, cada um tem seu valor e sua história. Mas uma coisa é clara: a cerveja nasceu da elaboração do gênio humano. Sozinha, a natureza não produz cerveja, mas até pode produzir “vinho”.
Conclusão: antiguidade não é posto! E só serve para animar rodas de conversa e alimentar nossa curiosidade. Sabor mesmo, é no copo! E eu adoro um chopp bem tirado, principalmente às sextas-feiras, numa mesa recheada de petiscos e bom papo. Mas também aprecio um bom vinho tinto, na temperatura certa, e… se for uruguaio, melhor!
Bom chopp pra vocês!
Cevada & Lúpulo?
Olá amigos:
Antes de entrar em matéria vou explicar e logo justificar o nome do blog: “Cevada & Lúpulo“
A cevada (Hordeum vulgare) é uma gramínea cerealífera e representa a quinta maior colheita e uma das principais fontes de alimento para pessoas e animais. Pertence à família das gramíneas e a área cultivada no mundo chega a 530000 km². O seu período de germinação é de 1 a 3 dias. Suas flores são dispostas em espigas, na extremidade do colmo, e os frutos, amarelados e ovóides, fornecem uma farinha alimentícia, a germinação dos grãos (malte) da especie (Hordeum distichum) é utilizada na fabricação da cerveja, e os grãos torrados e moídos são usados na fabricação de Café natural sem cafeína.
——————————- wikipedia dixit——————————————-
Lúpulo é uma liana européia da espécie Humulus lupulus, da família Cannabaceae. O lúpulo é tradicionalmente usado, junto com o malte, a cevada e o levedo, na fabricação de cerveja. No calor do cozimento da mistura, o lúpulo libera suas resinas de sabor amargo, dando à cerveja sabor característico.
Além de um constituinte da cerveja, o lúpulo é cultivado como trepadeira ornamental em jardins em áreas subtropicais e temperadas. Também é usado em pequena escala na alimentação, produzindo o chamado “aspargo de lúpulo”